sábado, 28 de julho de 2012

ADAIR PAYNE


ADAIR PAYNE - Chegada do outono - Óleo sobre tela - 60,96 x 91,44

“E há quem passe por um bosque e veja somente lenha para fogueira...” (Tolstoi)

ADAIR PAYNE - Primeiras folhas das sequóias - Óleo sobre tela - 76,2 x 101,6

Há, felizmente, um crescente número de artistas, em diversas partes do mundo, desenvolvendo uma temática que provoque uma mudança de consciência e atitudes com relação às condições ambientais de nosso planeta. Provocações que podem se iniciar com uma poesia, uma música, um desenho, uma pintura, uma fotografia... São muitos os caminhos que conduzem a uma mudança de hábitos.

ADAIR PAYNE - Reflexos do dia
Óleo sobre tela - 50,8 x 40,64

ADAIR PAYNE - Amanhecer de novembro - Óleo sobre tela - 24 x 48

Fiquei conhecendo (por indicação do André Elicker, do Rio Grande do Sul) os trabalhos do artista Adair Payne, que são exatamente um chamado à nossa consciência. Pelo que possuímos e pelo que estamos perdendo, e principalmente pelos tesouros que ainda temos e pelos quais não percebemos.

                                                     
Esquerda: ADAIR PAYNE - Mandarin Hill
Óleo sobre tela - 60,96 x 30,4
Direita: ADAIR PAYNE - Bruma
Óleo sobre tela - 91,44 x 60,96

Nascido na região norte do estado americano da Califórnia, ele cresceu na comunidade de Lincoln, bem ao pé da Serra Nevada. Começando a pintar bem cedo, para atender ao pedido de colecionadores e grandes proprietários da região, Payne logo se viu estabelecendo com suas encomendas, uma temática que faria o carro-chefe de suas obras: a valorização cada vez mais crescente para as questões ambientais com as quais convive.

ADAIR PAYNE - Solstício de verão - Óleo sobre tela - 40,64 x 40,64

Sua carreira começou de uma forma diferente, quando, em 1984, parte para Washington, a fim de ocupar um cargo em uma empresa de design gráfico da cidade. Mas sentiu falta dos campos abertos da região rural onde morava e, depois de 6 anos insistindo na capital americana, retorna para sua terra. Mas ainda continua na carreira da ilustração comercial, até conquistar mais recentemente, uma disponibilidade em tempo integral para seu trabalho. Finca definitivamente os pés nas raízes que nunca conseguiu abandonar e coloca em prática aquilo que foi seu maior desejo desde sempre: registrar as impressões de uma terra única, rica e gentil, cada vez mais ameaçada.

ADAIR PAYNE - Outono - Óleo sobre tela - 76,2 x 101,6

As muitas representações feitas por Payne, dos temas de sua terra natal, transmitem um profundo respeito ao mundo natural, fazendo com que cada admirador que se posicione diante de sua obra se permita uma prazerosa sensação de retiro e tranqüilidade, mesmo que ainda transmita, em certos casos, uma sensação de solidão e melancolia. Completa a sua procura por uma obra perfeita, a obsessão sobre os efeitos emocionais que a luz tem sobre a paisagem, seja no início do dia ou fim de tarde, e que fazem o diferencial nos trabalhos de Payne.

ADAIR PAYNE - Uma pausa antes do inverno - Óleo sobre tela - 76,2 x 60,96

Á primeira vista, seus trabalhos podem chamar a atenção para a riqueza de detalhes contidos neles. Mas, com uma olhada mais atenta, é a energia visual da composição e o impacto emocional que ela produz, que acabam se tornando os elementos mais fortes em sua obra. O artista explora também a aquarela e acrílica, mas, se diz um admirador nato do óleo, técnica que emprega em todos os seus grandes formatos.


PARA SABER MAIS:

4 comentários:

  1. ADAIR PAYNE é simplesmente maravilhoso... seus trabalhos são belos e encantadores. valeu meu amigo, felicidades... “E há quem passe por um bosque e veja somente lenha para fogueira...” (Tolstoi)

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    1. Bastava a frase do Tolstoi, não é amigo Vidal?
      Grande abraço!

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  2. Boa tarde, José!

    Você ficou sabendo do passamento do J. B. Campos no mês passado?
    Fiquei sabendo hoje. Que triste notícia.

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    1. Sim, Márcio. Perdemos um grande artista e uma segura referência!

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